Quarta, 01 Mai 2024

Política

Eleição enfraquece maioria dos partidos dos vereadores

Política

Eleição enfraquece maioria dos partidos dos vereadores

PL, PT e Republicanos cresceram nacionalmente e na disputa estadual

As eleições deste ano para deputado federal e estadual seguiram a polarização nacional e ampliaram a força do PL e do PT na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados.

Em contrapartida, siglas como o PSDB saíram enfraquecidas no resultado final e o cenário pode ter impacto daqui dois anos nas eleições municipais em municípios da região.

Nas Câmaras de Barueri e de Santana de Parnaíba, a maior parte dos vereadores hoje faz parte do PSDB, que tem as maiores bancadas nas duas cidades, além da Prefeitura de Barueri, administrada por Rubens Furlan.

Em contrapartida, não há nenhum vereador do PT, partido do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enquanto o PL conta com apenas três parlamentares da sigla do atual mandatário, Jair Bolsonaro (PL). Também possui apenas três cadeiras: o Republicanos, sigla do governador eleito Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o União Brasil.

Com essa divisão, as cidades devem caminhar para uma dança das cadeiras em 2024, quando será aberta a possibilidade dos parlamentares trocarem de siglas, a seis meses da eleição. Hoje, deixar o partido pode causar a perda do mandato por infidelidade partidária.

Alguns vereadores já vinham sinalizando mudanças. Em Santana de Parnaíba, os parlamentares do PSDB passaram a ser críticos do governador Rodrigo Garcia (PSDB), desde que Elvis Cezar trocou a legenda pelo PDT. Em Barueri, Fabião sinalizou que deve ir para o MDB e fez campanha para o deputado federal Baleia Rossi (MDB).

Quanto ao PT, a chance de mudança para a sigla tende a ser mais difícil pelo resultado nos dois municípios. O partido elegeu apenas uma vez um vereador em Barueri, Professor Agnério (PT), em 2008.

Mesmo assim, a vitória do petista deve provocar outras alterações. O PTB, por exemplo, adotou uma postura radical durante a eleição, cujo principal episódio foi o ataque a tiros do presidente nacional da legenda, Roberto Jeferson, contra policiais federais. A postura vai contra a atuação dos petebista na região.

Em Barueri, por exemplo, Keu Oliveira faz parte do PTB, mas foi um dos mais críticos ao governo de Jair Bolsonaro (PL) neste mandato. Em Parnaíba, Ângelo da Silva está no PTB, mas foi o autor de uma moção de aplausos ao presidente eleito, Lula, nas últimas semanas. 

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