Inverno e baixa adesão à vacina da gripe acende alerta para doenças respiratórias
Barueri e Santana de Parnaíba não atingiram a meta de imunização do público-alvo
Os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) registrados nas primeiras 24 semanas epidemiológicas de 2025, no país, foram 30% superiores aos notificados no mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Infogripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Com a chegada do inverno e a baixa adesão vacinal, o cenário é de alerta para um aumento de doenças respiratórias. Para a infectologista e professora do Instituto de Educação Médica, Silvia Fonseca, "a vacinação anual é a forma mais eficaz de reduzir esse risco".
Nas cidades de Barueri e Santana de Parnaíba, a meta de vacinação para o público-alvo (gestantes, idosos e crianças, além de outros) não foi atingida.
Imunização
De acordo com o Ministério da Saúde, 64.742 pessoas receberam a dose em Barueri. A quantidade corresponde a apenas 45% da população-alvo. No município de Santana de Parnaíba, o índice foi ainda menor, 30% das pessoas prioritárias foram imunizadas; 19.278 doses foram aplicadas.
"No inverno as pessoas ficam mais dentro de casa, nos escritórios, andam no transporte público com as janelas fechadas. Isso aumenta a proximidade e a maioria das infecções respiratórias se transmite por gotículas. Quando a gente tosse, fala, espirra, essas gotículas podem cair perto do olho, do nariz e da boca de outras pessoas e contaminá-las", explicou Silvia Fonseca.
Neste ano já foram contabilizados 103 mil casos graves de síndrome respiratória e quase 3 mil mortes causadas por SRAG pelo Infogripe.
As vacinas seguem disponíveis em todas as unidades básicas dos municípios, para pessoas a partir de seis meses de idade.