Sexta, 22 Agosto 2025

Saúde

Alerta: casos de coqueluche crescem quase 400% em bebês

Saúde

Alerta: casos de coqueluche crescem quase 400% em bebês

Especialistas reforçam a importância da vacinação para prevenir a doença 

(Divulgação/Dasa)

O Brasil enfrenta um aumento nos casos de coqueluche, uma doença respiratória altamente contagiosa e grave para bebês, especialmente nos primeiros meses de vida.

Dados preliminares do Ministério da Saúde indicam que, até julho de 2025, foram registrados 569 casos em crianças menores de um ano, quase cinco vezes mais que os 113 casos confirmados em todo o ano de 2024.

De acordo com a infectologista do Delboni e Salomão Zoppi, da Dasa, Ligia Pierrotti, a vacina dTpa (difteria, tétano e coqueluche acelular), aplicada entre a 27ª e 36ª semana de gestação, é fundamental para que a mãe transfira anticorpos ao bebê durante a gravidez, protegendo-o nos primeiros meses de vida.

Vacinação

"A vacinação da grávida é a primeira linha de defesa do bebê contra a coqueluche e outras doenças graves. Garantir que essa dose seja aplicada no momento ideal faz toda a diferença na proteção neonatal," afirma Ligia.

Pais, avós, irmãos, cuidadores e todos que convivem com o recém-nascido devem estar com a carteira de vacinação atualizada, especialmente com as vacinas dTpa e contra a gripe. Isso cria uma "barreira imunológica" que reduz o risco de transmissão de doenças ao bebê, que ainda não está totalmente imunizado.

Para garantir que as vacinas estejam ativas, o ideal é que familiares e cuidadores recebam as doses recomendadas pelo menos 15 dias antes do contato próximo com o bebê.

Sintomas

Coqueluche pode começar como uma simples tosse, mas pode evoluir para crises intensas que comprometem a respiração.

Entre os principais sintomas, tosse seca persistente, em crises intensas, chiado ou barulho agudo ao inspirar após tossir (em alguns casos), vômito após crises de tosse, febre baixa (em geral no início), cansaço e dificuldade para respirar.

Em bebês, pode haver pausas na respiração (apneia). A doença é grave principalmente em crianças pequenas e não vacinadas.

Caso perceba sinais em bebês ou pessoas do entorno, procure atendimento médico o quanto antes para diagnóstico e tratamento.




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