Projeto sobre Comissão de Justiça gera polêmica
pela segunda vez consecutiva, sessão tem "bate-boca"
A segunda sessão da Câmara Municipal de Barueri, após o retorno do recesso, foi marcada novamente por clima de discussão. O ex-presidente da Casa, Carlinhos do Açougue (DEM), levantou a questão sobre um projeto de resolução que definiu os integrantes da Comissão Permanente de Justiça e redação da Câmara, durante a terça-feira (12).
Segundo o parlamentar, a mesa diretora do legislativo rejeitou responder um recurso apresentado pelo partido Democratas, que acabou ficando de fora da principal comissão do parlamento. "Tenho certeza que vamos perder a votação nesta Casa, mas não perderemos no MP, porque lá eles dão voz e direito a quem e tem e não a quem quer", ressaltou o vereador, afirmando que entrará com uma denúncia junto ao Ministério Público, para que as decisões sobre as comissões sejam anuladas.
Os tucanos
Os vereadores Toninho Furlan e Alan Miranda, ambos tucanos, afirmaram que o regimento interno do legislativo prevê que a análise do recurso, pode ser realizada por qualquer comissão e que estas podem apresentar projetos de resolução. "Espero que fique bem claro para todos que nos assistem que estamos agindo de acordo com a legalidade e não queremos colocar esta Casa em risco jurídico", argumentou Furlan.
Carlinhos, enfatizou que o legislativo corre risco de permanecer paralisado. "Qualquer parecer dessa comissão de Justiça e Redação será anulado pela justiça, porque sua formação é ilegal", completou.
Diálogo
O vereador Kascata (PSB) disse que toda a discussão teve início porque faltou diálogo entre os parlamentares. "Quando fizemos a reunião para escolhermos os membros dessa comissão, vocês quiseram nos enfiar goela abaixo a decisão de vocês, contrariando o tramite democrático que sempre existiu nesta Casa.", concluiu.