Terça, 16 Abril 2024

Política

Prefeitos divergem sobre eleições unificadas em 2022

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Prefeitos divergem sobre eleições unificadas em 2022

TSE, Senado e Câmara Federal entram em consenso sobre adiamento, segundo Rodrigo Maia

Eleitores devem ir às urnas entre novembro e dezembro (José Cruz/ Agência Brasil)
Na terça-feira (16), o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM), participou de encontro com os presidentes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso; do Senado, Davi Alcolumbre; líderes partidários e especialistas para debater o adiamento das eleições municipais deste ano, marcadas para dia 4 de outubro. 

Segundo Maia, houve consenso para postergar o pleito, podendo ser realizado entre os dias 15 de novembro e 20 de dezembro. A mudança se dá em meio à pandemia, causada pelo coronavírus. Para ser alterada, a data precisa ser definida através de emenda constitucional aprovada pelas duas Casas do Congresso Nacional.

Para dois prefeitos da região, uma das opções seria unificar as eleições em 2022. O gestor tucano de Santana de Parnaíba, Elvis Cezar, que também é presidente do Consórcio Intermunicipal da Região Oeste Metropolitana (Cioeste), disse que a pandemia é quem vai definir a questão. "Se permanecer (a pandemia), o ideal seria igualar as datas eleitorais. Uma eleição única seria um grande ganho', avaliou. Elvis falou ainda que não é favorável ao uso do fundo partidário nas eleições. "Poderia ser redirecionado para a área da saúde". 

Fundo partidário
Igor Soares (PODE), prefeito de Itapevi, concorda com Cezar sobre unificar as eleições. "Seria o melhor cenário. O Brasil gasta por eleição cerca de meio bilhão de reais com sistemas de transmissão de informações via satélite, campanhas de esclarecimento, dentre outros", comentou. 

Igor também compartilha da opção de usar o Fundo Partidário para o enfrentamento ao coronavírus. "Já existe desde a década de 1960 e sou favorável. No entanto, os partidos já contam com recursos aplicados. Neste momento, era preferível destinar o recurso do fundo para o combate à pandemia", ressaltou Igor. 

Um dos políticos mais experientes no cenário, Rubens Furlan (PSDB) , discorda. "Se for para ajudar no controle da epidemia e na proteção da população sou favorável ao adiamento e a favor de que o fundo partidário seja empregado também no combate à pandemia", argumenta. "Mas desde que a eleição seja realizada ainda neste ano, que é quando vencem os mandatos de vereadores e prefeitos de todo o Brasil, eleição unificada não, sou contra", finalizou.

Confederação dos Municípios

O Conselho Político da Confederação Nacional de Municípios (CNM) se reuniu na última semana para debater como devem ser conduzidas as ações para o adiamento das eleições municipais, ainda agendadas para este ano. "A entidade está trabalhando com dados científicos que comprovam que, em novembro e dezembro, o País ainda não estará em situação confortável para realizar eleições". 

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