Segunda, 29 Abril 2024

Política

Apenas duas mulheres comandam partidos em Barueri e Parnaíba

Política

Apenas duas mulheres comandam partidos em Barueri e Parnaíba

Representação em outras áreas de comando político também é pequena em toda a região 

Tânia é uma das quatro mulheres que estão com mandato em Barueri. (Foto: Divulgação)

As homenagens para o Dia das Mulheres na quarta-feira (8) reforçaram a importância da luta pela igualdade em vários segmentos da sociedade. Mas, na política, sobretudo em postos de comando, essa presença segue rara ou inexistente na região.

A um ano e meio das eleições de 2024, apenas dois partidos de Barueri têm como presidentes dos diretórios municipais políticas do sexo feminino, mostra levantamento da Folha de Alphaville. Em Santana de Parnaíba, a situação é ainda pior - nenhuma legenda tem uma mulher na liderança.

Foram levados em conta apenas os 23 diretórios de partidos que estão com o registro validado, de acordo com a Justiça Eleitoral. Das 16 siglas em Barueri, apenas o PSC, presidido pela secretária de Administração da cidade, Cilene Bittencourt, e o PTB, comandado por Danubia Tavares Vilela, são dirigidos por mulheres.

A situação é semelhante à encontrada no Brasil, onde dos 31 partidos, apenas 5 contam com presidentes femininas do diretório nacional.

A falta de lideranças femininas no comando das legendas mostra o desafio que ainda há para ampliar a participação delas na política. A presidência dos diretórios é que define como serão investidos recursos da sigla e trabalha na definição das chapas de vereadores do próximo ano. Logo, é um posto decisivo para incentivar a ampliação de mulheres nos legislativos.

Atualmente, Santana de Parnaíba tem duas vereadoras, enquanto Barueri possui quatro, após ter passado um mandato inteiro sem nenhuma mulher no parlamento, entre 2017 e 2020.

Sem representatividade

Apesar da ampliação da bancada, as mulheres da Casa têm sido questionadas sobre a atuação. Na terça-feira (7), a vereadora Tânia (União) afirmou que recebeu várias mensagens de que elas não estariam representando as mulheres. "Peço que essas mulheres venham até nós e digam o que elas querem. Apontar o dedo é fácil", desabafou. "A gente luta por essas mulheres que são violentadas, que são dependentes emocionalmente ou financeiramente desses homens. Temos que estar aqui para dar estrutura para elas."

Ainda nos legislativos, uma foto desta semana ilustra bem a falta de representatividade. Se reuniram no Cioeste os presidentes das Câmaras de 11 cidades - todos homens. O mesmo ocorre com os atuais prefeitos da região. 

Newsletter
Não perca nenhuma notícia.

Inscreva-se em nossa newsletter gratuita.


Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://www.folhadealphaville.com.br/