Juliana Marins pode ter morrido até 15 minutos após queda, diz laudo brasileiro
Publicitária caiu em vulcão durante trilha na Indonésia
A Polícia Civil do Rio de Janeiro confirmou que a publicitária Juliana Marins, de 26 anos, morreu em decorrência de múltiplos traumas causados por uma queda de altura. Juliana tropeçou, escorregou e caiu enquanto fazia uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia, em 20 de junho.
O laudo pericial do Instituto Médico-Legal (IML), elaborado com base no exame cadavérico, concluiu que a causa imediata foi hemorragia interna provocada por lesões poliviscerais e politraumatismo. Os peritos estimam que Juliana sobreviveu por no máximo 15 minutos após o impacto.
A estimativa exata do horário da morte foi considerada prejudicada devido às condições em que o corpo chegou ao IML, já embalsamado.
Apesar de indicar que os ferimentos seriam letais em curto prazo, os peritos do Rio não descartam a possibilidade de um período de sofrimento físico e psíquico antes da morte efetiva. "Pode ter havido um período agonal antes da queda fatal, gerando sofrimento físico e psíquico, com intenso estresse endócrino, metabólico e imunológico ao trauma", destaca um trecho do laudo.
Uma perícia já tinha sido feita na Indonésia, que apontava que a publicitária morreu 20 minutos após uma queda e não teve hipotermia. Não ficou claro, entretanto, quando ocorreu esta queda. O corpo de Juliana foi encontrado quatro dias depois que ela caiu no país asiático.
O laudo também aponta que não é possível afirmar com segurança se houve outras quedas, mas confirma que os ferimentos são compatíveis com um único impacto de grande intensidade, que comprometeu órgãos vitais e estruturas como crânio, tórax, abdômen, pelve, membros e coluna.
A realização de uma nova perícia foi um pedido da família para a Justiça brasileira. Além da Polícia Civil, um perito particular acompanhou os procedimentos. O corpo inicialmente seria cremado, mas a família optou por preservá-lo.
O acidente
Equipes de resgate da Indonésia encontraram a brasileira Juliana Marins, de 24 anos, sem vida, no dia 24 de junho. Ela passou quatro dias presa no vulcão Rinjani.
Juliana, natural de Niterói (RJ) e dançarina profissional de pole dance, fazia uma viagem pela Ásia desde fevereiro e visitou países como Filipinas, Tailândia e Vietnã antes de chegar à Indonésia. Uma amiga descreveu que ela estava "vivendo um sonho de viajar pela Ásia".