Há aproximadamente 15 dias, o Sistema Cantareira, que é responsável por abastecer cerca de 9 milhões de pessoas no estado de São Paulo, entrou em situação de alerta, que é quando o volume do reservatório fica abaixo dos 40%. 

Nesta quarta-feira (25), o volume de água estava em 37,9%, segundo dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Já o Sistema Integrado Metropolitana, que inclui os sete mananciais que abastecem a Grande São Paulo, estava em 43,8%. 

Os indícios de um possível desabastecimento já podem ser notados em episódios pontuais de falta d'água na região. Uma enquete feita nesta terça-feira (24) nas redes sociais da Folha de Alphaville mostrou que na casa de quase 30% dos moradores do bairro que responderam faltou água este mês. 

À reportagem, a Sabesp informou que não há risco de desabastecimento neste momento na Região Metropolitana de São Paulo, mas reforçou a necessidade do uso consciente da água. 

"Neste momento de estiagem, a queda no nível das represas é esperada e a projeção da Sabesp aponta níveis satisfatórios para os próximos meses, até 2022. Medidas adicionais às que já são realizadas serão adotadas se necessário", afirmou em nota. 

Ainda segundo a companhia, o nível de alerta ocorre quando o Sistema Cantareira registra nível abaixo de 40% no último dia do mês e vale para o mês seguinte. "Com isso, o limite máximo de retirada do reservatório passa de 31 m³/s para 27 m³/s. A Sabesp esclarece que a retirada atual já tem sido inferior: 23 m³/s", apontou. 

Economia 

Alguns moradores já mudaram alguns hábitos em casa para economizar água. Na enquete da FDA, a maioria revelou que tem tomado banhos mais rápidos, lavado roupas menos vezes na semana e até reutilizado a água da lavagem. Mais de 120 pessoas participaram da pesquisa.