Prefeitura de Barueri monitora pontos hídricos na região de Alphaville, Tamboré e 18 do Forte
Segundo a gestão, algas no Parque Dom José é fenômeno natural
A Prefeitura de Barueri monitora 18 pontos hídricos na cidade, entre lagos, nascentes, córregos e rios. O trabalho, realizado pela Secretaria de Recursos Naturais e Meio Ambiente (Sema), contempla as regiões de Alphaville, Tamboré e 18 do Forte (confira abaixo a lista completa).
São feitas coletas de amostras para análise laboratorial, com o objetivo de avaliar a qualidade da água e a saúde dos ecossistemas aquáticos.
São observados fatores como a presença de algas, níveis de oxigenação e eventuais mortes de animais.Esses fenômenos podem ser causados tanto por processos naturais quanto por ações humanas, como o descarte irregular de esgoto, resíduos tóxicos ou metais pesados.
Entre os pontos analisados estão: o córrego no Jardim dos Altos; o Córrego Cachoeira, na Estrada dos Romeiros, na Vila São Silvestre; o Lago Orion, na Aldeia da Serra; e o córrego localizado próximo ao kartódromo da mesma região. Também fazem parte do monitoramento o lago do Parque Municipal Dom José; o Córrego Gupê, no Jardim Belval; e o córrego do Jardim Audir. O Rio Cotia, na Aldeia de Barueri, e o Rio Barueri-Mirim, na Vila Nilva, também são analisados, assim como dois trechos do Rio Tietê: um nas proximidades do bairro Santa Cecília e outro na Rua da Prata, na Vila Boa Vista.
Outros locais incluem o Córrego Piracema, no Tamboré; o Córrego Garcia, com análises realizadas tanto no Parque Imperial quanto na região da 18 do Forte; o lago localizado no Parque Ecológico do Tietê, em Alphaville; o córrego da Rua Aníbal Corrêa, no Parque Viana; o Córrego Lajeado, no Jardim Líbano; e, por fim, o Córrego Laranja Azeda, no Jardim Silveira.
Monitoramento
As análises da qualidade da água em Barueri são conduzidas por uma equipe técnica composta por um fiscal de posturas e um engenheiro ambiental, com o apoio de estagiários do curso de Química da Fundação Instituto de Educação de Barueri (Fieb), unidade Engenho Novo.
O trabalho conta ainda com a parceria da empresa Hanna Instrumentos, responsável pelo fornecimento dos equipamentos de medição, acompanhada por um representante legal.
Parque Dom José
Na manhã do dia 7 de agosto, a equipe esteve no lago do Parque Municipal Dom José para retirar amostras da água. De acordo com a administração, a avaliação preliminar aponta que a presença de algas no lago é um fenômeno natural, intensificado pela escassez de chuvas.
"A ocorrência não compromete a oxigenação da água, não provoca a morte de animais e não gera odores desagradáveis em excesso. Em laboratório, são analisados diversos parâmetros da água, entre eles: alcalinidade, cloreto, cloro livre, demanda química de oxigênio (DQO), dureza total, ferro dissolvido, nitrogênio amoniacal, nitrogênio total, nitrito, nitrato, turbidez, fósforo total e sólidos totais. Já as medições realizadas em campo incluem oxigênio dissolvido, temperatura, condutividade, pH, presença de sólidos objetáveis, odor, materiais flutuantes, óleos e graxas, além da presença de corantes", informou a gestão.
Os relatórios com os resultados das análises estão disponíveis na aba "Relatório de Qualidade Ambiental", na página da Sema, no portal da Prefeitura de Barueri.
Manutenção contínua
O fiscal Vinicius Barros Rodrigues e o gestor da Secretaria de Recursos Naturais e Meio Ambiente, Marco Antônio de Oliveira (Bidu), destacam a importância de manter esse trabalho de forma contínua. Segundo eles, a realização periódica das análises permite respostas mais ágeis na recuperação dos corpos hídricos quando alterações são identificadas.
"A água é um recurso natural essencial para a vida e para o equilíbrio ambiental. Por isso, a Secretaria realiza o monitoramento contínuo da qualidade das águas superficiais ao longo de todos os trimestres do ano. Esse trabalho é fundamental para detectar mudanças, prevenir a poluição e proteger nascentes, córregos e rios. O acompanhamento regular também permite verificar os avanços no serviço de coleta e tratamento de esgoto no município, além de reforçar os efeitos das ações de licenciamento e fiscalização ambiental. Trabalhamos hoje para garantir um futuro melhor, preservando esse recurso tão valioso para as próximas gerações", afirmou Bidu.
A participação da população é essencial, e pequenas atitudes do dia a dia podem ter grande impacto na conservação dos ambientes aquáticos. Entre elas estão:
- Não jogar lixo em ruas, calçadas ou terrenos baldios, pois a chuva pode levar esses resíduos até rios e córregos, poluindo-os.
- Participar de mutirões de limpeza em seu bairro ou região.
- Reduzir o uso de produtos poluentes, como sabões e detergentes comuns, que podem escoar para os rios. Dê preferência a produtos biodegradáveis.
- Evitar o descarte de resíduos nas vias públicas por meio de varrição, como folhas, terra ou entulho, pois isso pode entupir bueiros e impedir o escoamento da água para os córregos.
- Plantar vegetação nas proximidades de rios e córregos ajuda a filtrar a água da chuva e evita a erosão das margens.
- Denunciar irregularidades à Prefeitura ou aos órgãos ambientais contribui para coibir o despejo irregular de esgoto e resíduos químicos nos cursos d'água. A Sema (Secretaria de Recursos Naturais e Meio Ambiente) recebe denúncias pelo telefone (11) 4199-1500, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.
- Promover o uso e reuso racional da água, reduzindo o consumo e a produção de esgoto, o que diminui a pressão sobre rios e lagos.
As ocorrências podem ser informadas diretamente à Administração do parque, localizada na entrada principal, ou ao Departamento de Parques, da Secretaria de Recursos Naturais e Meio Ambiente (Sema), pelo telefone (11) 4199-1500, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.