Quarta, 24 Abril 2024

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Moradores de Alphaville relatam problemas com a mudança de planos da Amil para a APS

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Moradores de Alphaville relatam problemas com a mudança de planos da Amil para a APS

Apesar da empresa negar, clientes reclamam que hospitais, médicos e laboratórios foram descredenciados 

A moradora de Alphaville Miriam Sampaio, cliente da Amil há 24 anos, relatou que vários laboratórios do bairro, como Delboni, foram descredenciados (Foto: Arquivo pessoal)

Em janeiro, a Amil, em uma operação autorizada pela Agência Nacional de Saúde (ANS), transferiu mais de 300 mil beneficiários de planos individuais e familiares de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná para a APS. Desde então, não é difícil encontrar moradores de Alphaville reclamando sobre o descredenciamento de laboratórios e médicos. 

"Amil mudou para APS, mesmo grupo, porém o atendimento de prestadores foi alterado, apesar do comunicado informar que continuará tudo igual", disse um morador nas redes sociais. A moradora de Alphaville Miriam Sampaio é uma das pessoas que se sentem lesadas com a transferência dos planos.

Ela, que é cliente da Amil há 24 anos, explicou que é diabética e precisa fazer exames regularmente. Recentemente, ela descobriu que os laboratórios de Alphaville tinham sido descredenciados. 

"Em Alphaville, meu plano atendia Delboni, A+, Lavoisier, Ultracron para análises clínicas e hoje não há nenhum laboratório credenciado para tais exames. Entrei em contato e foi bem difícil para registrarem minha reclamação", explicou. 

Apesar dos relatos, à reportagem, a Amil informou que quanto à manutenção da rede credenciada, não houve nenhum ajuste atípico. 

"Todos os anos são realizadas movimentações na rede de hospitais, consultórios e laboratórios, prática inerente à dinâmica da operação de planos de saúde e extensiva a todas as modalidades de planos. A empresa reitera que não houve nenhuma modificação de rede credenciada e de contrato vigente com os beneficiários em função da transferência de carteira em vigor desde 1º de janeiro", afirmou a empresa em nota. 

Especialista 

Segundo Tatiana Viola de Queiroz, advogada especializada em Saúde e Direito do Consumidor, os beneficiários que estiverem sendo lesados devem documentar todos os problemas e fazer a reclamação no SAC da APS.

"Devem pegar o número de protocolo e fazer a denúncia na ouvidoria do plano, ANS e PROCON, concomitantemente. Se não resolver, pode acionar o Poder Judiciário e pedir a obrigação forçada do contrato. O consumidor pode verificar no site da ANS se ele está apto a fazer a portabilidade de carências e mudar de operadora. A Amil já errou ao descredenciar hospitais, laboratórios e prestadores pouco antes de vender a carteira para a APS, mas fundamental saber, apesar da operadora poder descredenciar, ela deve colocar outro prestador equivalente no lugar", explicou.

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