Sábado, 25 Outubro 2025

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Com início previsto para 2027, usina em Barueri vai transformar 300 mil toneladas de resíduos por ano em energia para 75 mil casas

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Com início previsto para 2027, usina em Barueri vai transformar 300 mil toneladas de resíduos por ano em energia para 75 mil casas

A Parceria Público-Privado foi firmada em 2021

(Divulgação)

Com início de operação previsto para 2027, a Usina de Recuperação Energética (URE) de Barueri está com as obras em fase final e deve se tornar a primeira da América Latina a utilizar a tecnologia "mass burn" para geração de energia elétrica a partir do tratamento térmico de resíduos sólidos urbanos.

Viabilizado por meio de uma parceria entre o Grupo Orizon, especializado em valorização de resíduos, e a Sabesp, o empreendimento terá capacidade instalada de 20 MW, com exportação média de 16 MW para o sistema elétrico nacional — energia suficiente para abastecer mais de 75 mil residências.

A usina foi contratada no Leilão A-5 realizado pelo Governo Federal em 2021 e integra uma Parceria Público-Privada com o município de Barueri. A expectativa é de que a planta trate até 870 toneladas de resíduos por dia, somando aproximadamente 300 mil toneladas por ano.

O projeto também reforça o compromisso ambiental de Barueri, que já se destaca pela coleta seletiva em 100% do território municipal. A URE deve se tornar um marco na gestão sustentável de resíduos sólidos urbanos no Brasil e em toda a América Latina.

"Somos precursores ao implantar essa solução, o que nos prepara para novas oportunidades no setor. A parceria com a Sabesp garante não apenas a destinação correta dos resíduos, mas também a incorporação de tecnologia, segurança, inovação e eficiência energética", afirma o Grupo Orizon.

Benefícios para a cidade e a população

A energia gerada pela usina — com capacidade de 20 MW, sendo 16 MW médios exportáveis — seria suficiente, por exemplo, para abastecer toda a frota de ônibus municipais de Barueri caso fosse eletrificada, o que impactaria diretamente na melhoria da qualidade do ar e da saúde pública.

Estudos estimam que o uso de 2,9 MW na eletrificação da frota poderia evitar a emissão de 12.410 toneladas de CO₂ por ano. Isso, aliado à mobilidade sustentável, pode reduzir em até 15% as internações por doenças respiratórias, segundo parâmetros da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O projeto também gera efeitos positivos na economia local. Cerca de 300 trabalhadores estão diretamente envolvidos nas obras, que já somam mais de 1,1 milhão de horas de trabalho. A arrecadação de tributos municipais também se destaca: estima-se que o município receberá R$3 milhões em ISS durante a fase de implantação, e cerca de R$38,5 milhões ao longo da operação da usina.

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