Terça, 23 Abril 2024

Política

Disputa sobre isolamento fortalece prefeitos e prejudica Bolsonaro, diz pesquisa

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Disputa sobre isolamento fortalece prefeitos e prejudica Bolsonaro, diz pesquisa

"É um sinal de que o povo está ciente da gravidade desta pandemia", diz o prefeito de Barueri, Rubens Furlan (PSDB) 

Rejeição ao dsempenho do presidente ao lidar com o novo coronavírus de 33% para 39%. (Foto: Divulgação)

O enfrentamento entre o presidente Jair Bolsonaro e os governadores e prefeitos de todo o país sobre o isolamento a ser adotado na pandemia de Covid-19 tem prejudicado a imagem do mandatário e alavancado a popularidade destes últimos, revelou uma pesquisa do Datafolha realizada entre os dias 1° e 3 de abril em todo o Brasil. 

Segundo o levantamento, a reprovação do desempenho de Bolsonaro ao lidar com o novo coronavírus subiu de 33% para 39% em apenas duas semanas. A taxa de aprovação caiu de 35% para 33%, e os que avaliam a postura dele como regular oscilou de 26% para 25%, Já 50% dos entrevistados acreditam que os prefeitos vêm fazendo um trabalho ótimo ou bom, enquanto 22% os consideram ruins ou péssimos. Outros 25% veem a atuação dos prefeitos como regular. 

"É um sinal de que o povo, em sua maioria, está ciente da gravidade desta pandemia", diz o prefeito de Barueri, Rubens Furlan (PSDB). Para 88% dos brasileiros, a pandemia é "muito séria", segundo o Datafolha. 

A população também está satisfeita com a atitude dos governadores, que têm índice de popularidade maior que o de Bolsonaro na questão. Eles vêm fazendo um trabalho ótimo ou bom na avaliação de 58% dos entrevistados, ao passo que 23% consideram a atuação regular e 16%, ruim ou péssimo. 

Todos os prefeitos da região, incluindo Furlan e Elvis Cezar (PSDB), de Santana de Parnaíba, estão alinhados às políticas de isolamento defendidas pelo governador João Doria (PSDB) e por Luiz Henrique Mandetta, ministro da Saúde subordinado ao próprio Bolsonaro mas, ainda assim, criticado pelo presidente.

"O isolamento, segundo os especialistas, é a arma que temos neste momento. Portanto devemos mantê-lo, não é uma questão de gosto", defende Furlan. "Ninguém gosta de fechar o comércio, a cidade está perdendo receita também. Mas neste momento a prioridade tem que ser preservar vidas", diz. 

Em reflexo à maior conscientização popular, a avaliação do trabalho do Ministério da Saúde como ótimo ou bom subiu de 55% para 76% em duas semanas, enquanto os entrevistados que avaliam como regular caiu de 31% para 18%. Os brasileiros que consideram o papel da Saúde ruim ou péssimo são 5%, contra 12% na última pesquisa. 

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