Quarta, 24 Abril 2024

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Segundo pesquisa, 37% desconfiam dos ‘superdescontos’ da Black Friday

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Segundo pesquisa, 37% desconfiam dos ‘superdescontos’ da Black Friday

A data oficial de preços atrativos oferecidos por varejistas para fisgar os consumidores está marcada para 23 de novembro 

Em 2017, a Black Friday gerou faturamento de R$ 2,1 bilhões (Michela Brígida/Folha de Alphaville)

A pouco menos de dois meses para a 8ª edição da Black Friday, data oficial de "superdescontos" oferecidos por varejistas para fisgar os consumidores, que será realizada em 23 de novembro, os clientes brasileiros não se mostram muito animados. A adesão ao evento tem esbarrado na desconfiança em relação aos descontos, em meio a um cenário de lentidão na retomada da economia.


De acordo com uma pesquisa realizada pelo Google com 1.500 consumidores de 18 a 54 anos, das classes A, B e C, de todas as regiões do país, em julho deste ano, para 37% dos entrevistados, a confiança nas promoções ainda é o principal motivo para não participar da Black Friday.
O Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), do Ministério da Justiça, está investigando se as lojas aumentaram os valores no período que antecedia o evento do ano passado.

A abertura da investigação foi motivada por uma reportagem da "Folha de S.Paulo". Durante um período de 15 dias, o jornal acompanhou os preços de 6.875 itens à venda nas principais redes de varejo do país e verificou aumento nos valores antes da Black Friday. Essa alta dos preços pode indicar que boa parte dos descontos anunciados nos sites dessas lojas não representa, de fato, redução.

Faturamento
No ano passado, segundo a Ebit, empresa de dados sobre o varejo eletrônico brasileiro, a Black Friday gerou faturamento de R$ 2,1 bilhões para o e-commerce, alta de 10,3% em relação a 2016. Para este ano, os organizadores ainda não divulgaram a expectativa de vendas.

Queixas
Balanço do Reclame Aqui, site que reúne queixas de consumidores, aponta que a propaganda enganosa foi o principal motivo das reclamações nas últimas três edições do evento.

Esse problema recorrente inclui a maquiagem de preços, que levou os consumidores a apelidarem o evento de "Black Fraude" nas edições anteriores. A prática também conhecida como "metade do dobro", consiste em aumentar os preços antes da data do evento para depois baixá-los e nomeá-los como "superdescontos".

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