Quinta, 03 Outubro 2024

Economia

Com ruas vazias, uso de redes sociais cresce na pandemia

Economia

Com ruas vazias, uso de redes sociais cresce na pandemia

Facebook sobe 11% no número de usuários, mas número ainda não reflete integralmente efeitos da quarentena 

Sem poder sair de casa, pessoas em todo o mundo passam mais tempo na social media; Facebook chega a 3 bi de usuários. (Foto: ADIRUCH/123RF.COM)

Com cerca de 4 bilhões de pessoas em todo o mundo, quase metade da população humana sob algum tipo de processo de isolamento social, a pandemia de Covid-19 pode estar deixando as ruas vazias, mas as redes sociais, em compensação, estão sendo mais acessadas do que nunca. 

Um comunicado divulgado pelo Facebook no final de abril diz que, atualmente, quase 3 bilhões de pessoas usam pelo menos um dos aplicativos (Facebook, Instagram, WhatsApp ou Messenger) da empresa todo mês, um aumento de 11% em relação ao ano anterior e o maior número de todos os tempos. 

Sozinho, o Facebook registrou 2,6 bilhões de usuários úteis por mês, uma alta de 10% na comparação com o ano passado. Já o Instagram viu o número de lives explodir, com uma alta de 70% no final de março na comparação com fevereiro, segundo um funcionário da empresa ouvido pelo site norte-americano The Wrap. 

Enquanto isso, no LinkedIn, voltado ao networking e contatos profissionais, os usuários da plataforma assistiram 1,7 milhões de horas de conteúdo considerado educativo pelo aplicativo na primeira semana de abril, contra 560 mil horas no mesmo período de janeiro, um resultado três vezes maior. 

Outro levantamento, feito pela consultoria Kantar, mostra que, ainda em março, o uso WhatsApp cresceu até 76% por conta do coronavírus. 

Antes da pandemia, segundo dados da empresa de pesquisas norte-americana Nielsen, as redes sociais foram responsáveis por cerca de 20% do total de uso de aplicativos móveis. Já no começo de março, o percentual aumentou para 25%. 

Essas altas não significam, porém, que o faturamento esteja caminhando no mesmo ritmo, uma vez que há também uma redução na quantidade de anunciantes. Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, admitiu que a pandemia teve um impacto significativo nos negócios da companhia. "Há muito incerteza sobre o mundo agora", disse ele, durante o anúncio dos resultados trimestrais da companhia. 

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