Quinta, 28 Março 2024

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COVID-19: A doença que deixou o mundo de joelhos

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COVID-19: A doença que deixou o mundo de joelhos

Devemos aprender com o erro dos outros países

Na China, o médico Li Wenliang, que identificou e tentou alertar autoridades sobre os primeiros sinais do surto, morreu desacreditado e sem ver sua descoberta reconhecida em decorrência do novo vírus, que, em semanas, saído da China, transpôs oceanos e adentrou continentes com extrema rapidez e agilidade, mostrando ao planeta, diariamente, todo seu potencial. Nesta semana, a OMS confirmou que são mais de 200.000 casos de pessoas infectadas e mais de 8.000 pessoas mortas em decorrência do surto. No Brasil, o Ministério da Saúde confirmou mais de 428 casos oficialmente, o que sabemos que nem chega aos pés da quantidade real, já que nem todos que contraíram a doença puderam fazer o teste.

É possível afirmar que estamos acompanhando a Itália ser massacrada pela Covid-19, mas, ser um país predominantemente formado por idosos, não é a única razão. No início, eles não trataram o vírus com a seriedade que deveriam e devemos aprender com o erro deles. Sim, o vírus é de rápido contágio e de baixo risco pra a grande maioria da população, mas é certo que ao menos uma pessoa de baixo risco tem na família uma pessoa de alto risco e este é um importante motivo que demonstra o porquê TODOS devem se prevenir.

A prevenção é muito simples e não tem desculpa para não ser feita. Lavar as mãos é a principal e essa ação nos é ensinada desde a infância. "Lave as mãos antes de comer", "lave as mãos assim que voltar da rua", "lave as mãos após mexer nos animais"; etc. O que precisamos fazer, é tornar este hábito mais frequente, como lavar as mãos a cada meia hora, após tocar em objetos utilizados por terceiros, antes de tocar seus parentes ou antes de comer.

Se possível, também utilizar álcool em gel para fazer a mesma higiene quando estiver na rua. Mas, ainda assim, é aconselhável não estar nas ruas. Só saía da quarentena se realmente não tiver opção e, se sair, permaneça a uma distância segura das pessoas e evite aglomerações. Lembre-se que home office não é férias e não é passe livre para bar e balada. É uma forma de manter empregos e o trabalho em andamento enquanto passamos por essa epidemia que não tem prazo para terminar.

Siga as orientações do Ministério da Saúde e não corra para um hospital ao menor sintoma. O número 136 é do Disque Saúde e está à disposição para tirar dúvidas e triar quais casos devem ou não ir ao hospital. Os convênios de saúde também criaram canais exclusivos para os credenciados, de modo que estes evitem se colocar em risco em hospitais sem haver necessidade. Deixe os hospitais para casos graves e emergências e colabore com quem precisa deste atendimento.

No Brasil, empresas dos mais diversos segmentos aderiram rapidamente à campanha de conscientização na prevenção da COVID-19, como Sky e Net, que liberaram completamente seus canais para qualquer assinante, independente de que plano tenham; o iFood, que adaptou seus aplicativo para que o consumidor possa escolher novas modalidades de entrega, como a entrega sem contato físico e incluiu mensagens sobre lavar as mão antes e depois de receber os pedidos, quando estes são finalizados; as operadoras telefônicas, que enviam mensagens aos assinantes com lembretes e dicas de prevenção; Pão de Açúcar, que determinou um horário exclusivo para idosos fazerem suas compras; dentre outras.

Já na região, os shoppings, a princípio, funcionarão em horário reduzido, mas deram a opção de o lojista fechar suas portas durante o período de quarentena; os bares e restaurantes pouco a pouco estão aderindo ao encerramento total das atividades durante este período, preservando seus funcionários e clientes.

Apesar da preocupação geral com a situação, muitos moradores do grupo de baixo risco se colocaram à disposição para ajudar amigos, vizinhos e desconhecidos de alto risco com compras de mercado e farmácia, o que só nos traz esperanças de que esta união nos fará passar por este período difícil, que deixará de legado o aprendizado de que a comunidade é mais forte do que esta epidemia.

Seja consciente e responsável, ter calma é fundamental neste processo que estamos passando. E lembre-se: sempre que se colocar em risco de contágio, também coloca em risco toda sua família. 

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