Os casos de Monkeypox, conhecida popularmente como varíola dos macacos, seguem crescendo na região. Prova disso é que Santana de Parnaíba registrou as primeiras ocorrências da doença nesta semana. Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde desta terça- feira (9), no município são três infectados. A prefeitura não deu informações sobre os pacientes. 

Já em Barueri, foram anotados mais casos. Agora são nove infectados com a Monkeypox, enquanto na semana anterior eram seis, alta de 50%. À reportagem, a gestão municipal informou que a análise de outras 27 ocorrências estão em andamento. 

Na região, além das ocorrências em Barueri e Parnaíba, há dez em Carapicuíba, 12 em Cotia, 12 em Itapevi, duas em Jandira e 23 em Osasco, totalizando 59. O aumento é de 34,09% em relação a uma semana, quando eram 44. Em todo o Estado, já são 1.636 casos da Monkeypox. 

Especialista 

De acordo com Mirian Dal Ben, infectologista do Hospital Sírio-Libanês, esse crescimento de casos deve ser tomado como um alerta para a população. 

"Vemos que o número de ocorrências está aumentando e sabemos que é uma doença que, inicialmente, é um surto que tem acontecido, em mais de 90% dos casos, no público de homens que têm relações sexuais com homens, mas é uma doença que acomete qualquer pessoa. Já começamos a ter casos em mulheres, crianças. Muito provavelmente, se a doença mantiver o padrão que tem atualmente, ela não vai virar uma pandemia nos moldes da Covid-19". 

Ainda segundo a especialista, o ideal neste momento seria iniciar a vacinação, primeiro no grupo que está sendo mais acometido e profissionais da área da saúde, e deu orientações para pessoas que apresentarem sintomas. "Pessoas que surgirem com lesões de Monkeypox precisam se isolar e procurar um médico o quanto antes para que o diagnóstico seja feito", apontou.

Plano de enfrentamento

No dia 4, o Governo de São Paulo anunciou a implantação de um plano de enfrentamento à varíola dos macacos no estado. Segundo a gestão, por meio da chamada Rede Emílio Ribas de Combate à Monkeypox, haverá 93 hospitais de retaguarda, uma rede credenciada de laboratórios para testagem e vigilância genômica, além de serviço de orientação por telefone 24h para profissionais de saúde.