Motorista de aplicativo é preso suspeito de crimes sexuais contra adolescentes de Alphaville
Justiça determinou prisão preventiva de homem de 56 anos a pedido do MP
Um motorista de aplicativo foi preso, na quinta-feira (5), investigado por suspeita de crimes sexuais contra adolescentes de Alphaville. O pedido foi feito pelo Ministério Público (MP).
O homem de 56 anos foi surpreendido por policiais da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Santana de Parnaíba. "Durante a busca, foram localizados e apreendidos um computador e dois celulares", informou a Secretaria da Segurança Pública (SSP), por meio de nota.
Os objetos apreendidos serão periciados para saber se contêm vídeos e fotos de menores de 18 anos nus. O motorista é suspeito de enviar pornografia para meninos e meninas que moram em imóveis de condomínios, localizados nos municípios de Santana de Parnaíba e Barueri.
Denúncia
A denúncia foi feita por pais de um dos adolescentes, que procuraram as autoridades. O homem é conhecido na região de Alphaville por fazer corridas, em sua maioria particulares, para adolescentes dos condomínios de luxo. Ele os leva para escolas privadas tradicionais da região e festas. Há relatos de que o motorista permite que alguns dos garotos dirija seu carro, mesmo sem terem Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Segundo os denunciantes, o suspeito tem uma lista de mais de 80 adolescentes que moram em Alphaville e ele costuma transportar. De acordo com informações, o homem trocava nudes com alguns garotos com a promessa de que conseguiria garotas para eles transarem. Todos os jovens seriam seus clientes. Os denunciantes também falaram que ele beijava alguns garotos na boca durante as corridas e que tocava suas partes íntimas.
Inquérito
A DDM instaurou inquérito policial para investigar o motorista por suspeita de pornografia infantil, por armazenar fotos e vídeos de menores nus, violação sexual mediante fraude (pelo fato de oferecer serviço de motorista e pedir fotos e vídeos), exploração sexual de menor de 18 anos e induzir alguém a praticar atos sexuais.
A delegacia vai apurar e ouvir relatos de pais e adolescentes que tenham sido vítimas do motorista. Em caso de uma eventual condenação na Justiça, a pena seria superior a quatro anos de prisão.